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Mostrando postagens de dezembro, 2024

Leituras para 2025

Se você está em busca de novos desafios literários e quer expandir seus horizontes filosóficos em 2025, aqui estão algumas recomendações organizadas por áreas da filosofia. Estas obras são essenciais para quem deseja mergulhar nas discussões sobre metafísica, ética, epistemologia, política e muito mais. Filosofia Medieval Agostinho de Hipona – Confissões Agostinho de Hipona – A Cidade de Deus Tomás de Aquino – Suma Teológica Anselmo de Cantuária – Proslogion Boécio – A Consolação da Filosofia Guillaume de Saint-Thierry – A Alma da Vida Espiritual Duns Scotus – Questões sobre a Verdade João Escoto Erígena – Sobre a Divisão da Natureza Pedro Abelardo – Sic et Non Filosofia Moderna René Descartes – Meditações Metafísicas René Descartes – Discurso sobre o Método Baruch Spinoza – Ética John Locke – Ensaio sobre o Entendimento Humano Gottfried Wilhelm Leibniz – Essais de Théodicée David Hume – Investigação sobre o Entendimento Humano David Hume – Tratado da Natureza Humana George Berkeley – ...

Uma Reflexão Filosófica: A Hipocrisia do Natal

Uma Reflexão Filosófica: A Hipocrisia do Natal: A hipocrisia do Natal, quando vista sob uma ótica filosófica, pode ser interpretada como uma contradição intrínseca entre o que é proclamado e o que é praticado, entre o ideal e o real. O Natal, em seu sentido mais profundo, carrega uma mensagem de amor incondicional, fraternidade e reflexão sobre a condição humana. É um convite à generosidade e à solidariedade, à pausa para uma avaliação moral do que somos e do que podemos nos tornar. No entanto, essa mensagem se dilui na efervescência de um sistema que prioriza o consumo, a aparência e a busca por status. Na filosofia existencialista, por exemplo, esse desencontro entre discurso e ação reflete a angústia humana diante de uma sociedade que impõe significados muitas vezes distantes das necessidades e dos anseios genuínos da alma. Jean-Paul Sartre poderia argumentar que, ao viver de forma tão alienada, ao adotar um comportamento superficial e vazio em nome de convenções sociais (como as d...

Meus 24 anos

Hoje, ao completar 24 anos, percebo que o tempo se desdobra diante de mim como uma metáfora viva. Ele se estica, se comprime, como as ideias que cruzam minha mente — inconstantes, inquietas, e por vezes contraditórias. Sou, de algum modo, um reflexo da filosofia que estudo, das dúvidas que cultivo e das certezas que ainda não encontrei. Aos 24 anos, me vejo como um território vasto e inexplorado, onde cada dia representa uma nova estrada a ser percorrida, com suas bifurcações e curvas inesperadas. A filosofia tem sido uma lente através da qual busco entender a complexidade do ser. Ela me fornece as ferramentas para olhar para dentro, para questionar tudo — até o que parece inquestionável. E embora, muitas vezes, isso seja desconfortável, é nesse desconforto que encontro transformação. Sou grata por cada pensamento que me move, por cada dúvida que me assombra, por cada dúvida que, de alguma forma, me revela. Como sagitariana, sou naturalmente movida pela busca incessante por respostas ...

Fragmentos de quem sou

Há momentos em que me vejo perdida, como uma melodia dissonante tocada por mãos invisíveis, que não sei se moldam o que sou ou o que estou tentando ser. Em algum lugar, entre a necessidade e o vazio, aceito o que se me oferece, como se fosse o único caminho a seguir. A dor, então, se torna algo quase tangível, como um compromisso com o destino. Me entrego a ela, como quem se submete ao vento forte que arrasta pensamentos, levando tudo o que era. Não me firo com lâminas, mas com crenças silenciosas — aquelas que se instalam sem aviso e se tornam verdades não ditas. É aí que me vejo fragmentada. Olho para dentro e encontro pedaços de mim mesma, espalhados e despedaçados. Cada fragmento parece uma peça perdida de um sonho que nunca se concretizou, de uma ideia que se desfez ao primeiro toque da realidade. E então, a realidade irrompe, sem aviso, como uma luz crua que fere os olhos acostumados à penumbra do sonho. Desperto e, ao fazer isso, vejo que a ilusão, com suas cores vibrantes, diss...

Expectativas do ser e/ou existir

Às vezes, parece que tudo ao redor está pedindo demais, como se o peso das expectativas nunca fosse aliviado. Todo dia é a mesma cobrança disfarçada de “ajuda” ou “dúvida”, como se a vida devesse ser perfeita o tempo todo, como se houvesse uma receita para conseguir dar conta de tudo e ainda sorrir no final. Mas, a cada novo esforço, sinto que estou mais distante de algo que nem sei mais o que é. As palavras dizem uma coisa, mas os gestos são sempre tão diferentes, como se tudo ao meu redor fosse só mais uma peça de um quebra-cabeça que nunca se encaixa. Tem dias em que me pego pensando se alguém percebe que estou ali, mas ao mesmo tempo tão longe. Ou será que sou só mais uma na lista de coisas que precisam ser feitas? Um número a mais. Não é que eu não queira, é que, às vezes, parece que o mundo nunca dá uma pausa. E essa cobrança constante... parece que é isso que está me consumindo aos poucos, como uma pressão que não alivia. Mas, claro, tudo é só uma questão de "se esforçar ma...

A filosofia como caminho para a reflexão crítica e o conhecimento verdadeiro

Nas atividades cotidianas, simples ou complexas, podemos perceber que nossa vida é repleta de crenças silenciosas e da aceitação tácita de evidências que raramente questionamos, pois nos parecem naturais e óbvias. A atitude filosófica surge quando nos deparamos com o conceito reflexivo e crítico. Inicialmente, essa atitude é negativa, pois se opõe ao senso comum, questionando as ideias e experiências cotidianas que são tidas como estabelecidas. Para alcançar o senso crítico, é preciso abandonar os pré-conceitos que temos sobre a realidade e as evidências do cotidiano. A filosofia visa proporcionar um conhecimento que vai além de nossa realidade imediata, questionando aquilo que consideramos natural e óbvio. Em geral, a filosofia é frequentemente questionada. Diferente de outras áreas do conhecimento, a pergunta "para que serve a filosofia?" é, muitas vezes, feita de forma sarcástica, desafiando sua utilidade e participação na sociedade. Enquanto outras disciplinas buscam valo...

A pressão da escolha acadêmica e profissional na sociedade contemporânea: reflexões sobre o sucesso, o empreendedorismo e o ensino tradicional

     Nos últimos anos, a pressão para escolher uma formação acadêmica e uma carreira tem aumentado significativamente, especialmente com a ascensão de novos discursos sobre sucesso e profissão. A proliferação de coaches e influenciadores digitais, que associam a ideia de realização pessoal e profissional ao empreendedorismo, adiciona uma camada extra de ansiedade, principalmente para os jovens que tentam decifrar o que esperam do futuro. Em meio a essas pressões, é interessante recorrer a pensadores que, de diferentes maneiras, ajudaram a entender o que está em jogo nessa escolha e como a sociedade enxerga o sucesso.      Por um lado, a valorização do empreendedorismo, amplificada pelos coaches, se conecta com o que o filósofo Zygmunt Bauman chamou de modernidade líquida. Bauman argumenta que, na sociedade contemporânea, as relações, os empregos e até as certezas existenciais se tornam volúveis e passageiras, como "líquidas". Nesse contexto, a ênfase no emp...