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Meus 24 anos

Hoje, ao completar 24 anos, percebo que o tempo se desdobra diante de mim como uma metáfora viva. Ele se estica, se comprime, como as ideias que cruzam minha mente — inconstantes, inquietas, e por vezes contraditórias.

Sou, de algum modo, um reflexo da filosofia que estudo, das dúvidas que cultivo e das certezas que ainda não encontrei.

Aos 24 anos, me vejo como um território vasto e inexplorado, onde cada dia representa uma nova estrada a ser percorrida, com suas bifurcações e curvas inesperadas.

A filosofia tem sido uma lente através da qual busco entender a complexidade do ser. Ela me fornece as ferramentas para olhar para dentro, para questionar tudo — até o que parece inquestionável. E embora, muitas vezes, isso seja desconfortável, é nesse desconforto que encontro transformação. Sou grata por cada pensamento que me move, por cada dúvida que me assombra, por cada dúvida que, de alguma forma, me revela.

Como sagitariana, sou naturalmente movida pela busca incessante por respostas e pela liberdade. Sinto um fogo dentro de mim, que me impulsiona para a aventura do desconhecido, para explorar as infinitas possibilidades do mundo e da minha própria existência. Mas, ao mesmo tempo, reconheço que essa ânsia por expansão também tem suas sombras. Às vezes, o excesso de caminhos me perde, me deixa confusa e sem direção clara. O fogo, que me aquece e me energiza, também tem o poder de queimar.

Ainda assim, não tenho medo de me lançar no desconhecido. Sei que as dificuldades, os erros, as incertezas e os desvios fazem parte de um aprendizado profundo. O movimento em si — a busca constante — já é uma resposta. E é com esse espírito que sigo, me lançando na vida, no trabalho, nos relacionamentos e, especialmente, na jornada de crescimento pessoal.

Aos 24, talvez a maior verdade que descobri é que o mais importante é o amor que compartilho com as pessoas ao meu redor. O amor pelas amizades, pela família, pelas conexões que fazem a vida mais rica e significativa. Essas relações são o que realmente me sustentam e me impulsionam a seguir em frente.

Mas quero mais. Quero me aprofundar, quero entender o mundo e o que ele tem a me ensinar. Quero usar a filosofia para compreender melhor a minha alma, para lidar com os conflitos internos e para não me perder nos labirintos da mente. Quero explorar o que ainda não vi, tanto no exterior quanto dentro de mim. Quero crescer, aprender e compartilhar as revelações que essa jornada me trouxer.

Hoje, ao celebrar 24 anos, sou consciente de que sou feita de infinitos fragmentos — alguns fortes, outros frágeis, mas todos essenciais para a pessoa que estou me tornando. E sigo assim, com o coração aberto, os olhos curiosos e a mente disposta a aprender mais sobre o que é viver e, principalmente, sobre o que é ser eu mesma.

Que o fogo da minha busca nunca se apague, e que, a cada dia, eu seja mais verdadeira, mais livre, sendo eu mesma, Thaísa Barbosa.

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